segunda-feira, 17 de junho de 2013

Uma chamada hipotética

Toca o telefone.

EU: Airton.
PAI: Airton, sou eu, tudo bem com você?

EU: Tudo bem, pai. E você?
PAI: Tudo bem também. Escuta só: faz muito tempo que eu não jogo xadrez. E você?

EU: Pô, faz um tempo também...
PAI: Então, você tem tabuleiro aí? Vamos fazer uma partida por telefone ou por mensagem?

EU: Eu... É... Eu tenho um tabuleiro. Vamos fazer, sim...
PAI: Que bom! Posso começar?

EU: É... Pode ser, depende de... quem vai jogar com as brancas... então, você começa, você joga com as brancas...
PAI: Pois é. Peão do rei avança duas casas.

EU: Ah... Certo... Então tá. Quando eu fizer minha jogada, te aviso...
PAI: Pára de palhaçada, Airton. Joga logo. Essa primeira resposta é simples. Joga.

EU: Ahn... É... Então... Peão do rei, também, 2 casas.
PAI: Hum... Agora para eu sair com meu cavalo, sem olhar pro tabuleiro para ver as casas vai ser complicado... Eu com as brancas... Casa branca na mão direita. Torre (casa branca), Cavalo (casa preta), Bispo (casa branca)... Cavalo vai da casa preta para uma casa branca, aquela adiante do peão do bispo, ameaçar casas pretas. Ou ameaçar casas brancas? Ih, Airton, agora complicou mesmo. Te ligo quando armar o tabuleiro e avançar com meu cavalo para dominar o centro do tabuleiro. Lembre-se disso: dominar o centro do tabuleiro! Até a próxima jogada.

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