sexta-feira, 23 de junho de 2017

Caminho de volta - OBRA EM PROGRESSO

23/junho/2017 - Voltei a ler. Daqui a pouco volto a escrever.
Nada como uma mudança para estimular a criatividade e consequentemente a escrita. Havia muito tempo eu não escrevia. E há mais tempo ainda que não escrevo com regularidade.
Cometi o deslize de contar minhas últimas postagens aqui Como se digitar fosse como escrever, como se a fonte como a caligrafia, tenho dificuldade de entender o que escrevo. Ainda vale a pena escrever mas definitivamente não o suficiente para manter outro blog. Contei aqui, contei lá e não sei de onde tirei a informação Quatro posts nos últimos Vinte e Seis meses. Este seria um quinto post, virou uma segunda parte do último post Que até então era composto simplesmente pelas duas primeiras frases deste post.

Quer dizer, tá tudo uma bagunça tão grande que nem eu, autor, consigo ler ou entender a mensagem. A comunicação simplesmente não acontece.


Escrevo a conclusão acima e este trecho em 24/out/19, 2 anos depois de começar este post. Em todo este tempo, fiz talvez alguma pequena edição mas ainda não desenvolvi ou concluí a história. Uma manifestação típica de procrastinação.

Voltei ao blog para registrar um pensamento. Fui recebido com uma nota do Google Keep transformado em postagem porque...

"vivi tão poucas histórias que precisei inventar algumas"


De volta ao rascunho de junho de 2017:


Mudança é assim mesmo. Agora tenho novos vizinhos, logo, novas histórias para contar!

Como o caso do vizinho do lado que tem TOC.

No primeiro dia no apartamento eu estava na cozinha preparando a cafeteira quando ouvi a porta do apartamento ao lado abrir. Então vieram sons de chaves, fechadura, chaves e passos se distanciando.

Voltei a atenção para o café até que ouvi passos se aproximando rápidos, chaves, fechadura e porta abrindo. Uns segundos depois os primeiros sons se repetem:  as chaves trancam a fechadura e se distanciam juntos com os passos, desta vez todos mais rápidos.

Imaginei este vizinho como um aluno que ia para a escola e esqueceu de levar a impressão do trabalho que valia muitos importantes pontos neste fim de ano letivo.

Apurei os ouvidos e não ouvi o som da porta do elevador. Ouvi sim novamente o som dos passos voltando, mais rápido do que saíram há pouco, a chave que bate e a porta que abre. Ele esqueceu mais uma coisa? Desta vez deve ter sido o celular. Logo depois ele sai, fecha e tranca a porta, guarda as chaves e sai já correndo.

Mais uma vez não houve som de elevador. No exato momento em que pensei "Deve ser uma mulher que esqueceu o brinco..."

CONTINUA - OBRA EM PROGRESSO