quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Medo-doido

Confessar, meu novo verbo; meu novo vício. Confesso desejos e medos. Desta vez, um medo:

Medo de ser maluco. Aquele tipo de maluco que [per]ambula nas esquinas falando sozinho, xingando suas próprias imaginações.

Foi assim que me senti agora, quando vi na rua um cara falando no telefone:

- Claro!

Imagino que do outro lado da linha alguém tivesse perguntado quaqleur coisa como:

- Será que..................?, ao que ele respondeu
- Claro!

Com quem ele estava falando? Sobre qual assunto? Não sei. Inventei um contexto e estiquei a resposta:

- Claro, porra! Que outra resposta eu poderia dar, além de 'claro'? Escuro? Porra, com uma pergunta idiota dessas você parece demente! Claro que sim!

Tudo isso eu falei em voz bem baixa, como um louco ainda contido. Fiz isso com algumas pessoas que vi pela rua. Vi, imaginei, xinguei.

Terminada a brincadeira, o que realmente me incomodou foi constatar que nenhuma daquelas pessoas tinha feito nada que me incomodasse.

Era a Minha imaginacao que estava me irritando! #medo

Confessar

Confessar, meu novo verbo; meu novo vício.
Confesso desejos e medos. Desta vez, um medo:
medo de ser maluco. Aquele tipo de maluco que perambula pelas esquinas falando sozinho, xingando monstros de sua própria imaginação. 



Foi assim que me senti agora, quando vi na rua um cara falando no telefone:

- Claro!, ele disse
Imagino que do outro lado da linha alguém tivesse perguntado qualquer coisa como:


- Será que posso............. ?  E ele respondeu
- Claro! 



Com quem ele estava falando? Sobre qual assunto? Não sei.
Inventei um contexto e estiquei a resposta:



- Claro, porra! Que outra resposta eu poderia dar, além de 'claro'? Escuro? Porra, com uma pergunta idiota dessas você parece demente! Claro que sim!

Tudo isso eu falei em voz bem baixa, como um louco ainda contido. Repeti este processo de imaginar as conversas telefônicas com todos que usavam telefone na rua. Vi, imaginei, xinguei...

Terminada a brincadeira, o que realmente me incomodou foi constatar que nenhuma daquelas pessoas tinha feito nada que me incomodasse.



Era a Minha imaginação que estava me irritando! Bem como acontece co os loucos na rua.